sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

COMO FALAR EM PÚBLICO

Escutei falar que este tema é um dos maiores temores da humanidade e eu fazia parte desta estatística até algum tempo atrás.

Eu comecei a falar em público já a um bom tempo, pois sempre trabalhei em vendas, porém toda vez que tinha que encarar este desafio sempre me sentia desconfortável, porém sempre conseguí ao menos passar o meu recado, mal sabiam as pessoas como eu me sentia por dentro...

Durante a minha carreira esta atividade foi sendo mais requisitada e a sensação de desconforto sempre estava presente. Em um determinado dia
, conversando com uma pessoa de RH da empresa em que trabalho, confidenciei este fato e disse que precisava de ajuda para suplantar este meu desconforto.

Após algumas pesquisas encontramos um instituto especializado em comunicação verbal (Instituto Reinaldo Polito) e então fiz a matrícula. Este curso tinha a duração de três meses, uma vez por semana, sendo 4 horas por dia, não faltei um dia sequer, pois era grande a minha vontade melhorar esta minha competência.

Desde o primeiro dia tive que enfrentar o público e então comecei a perceber que existiam pessoas que tinham realmente aflição de falar em público, tive a oportunidade de assistir a apresentações que me deixava constrangido pela pessoa que estava no palco, tamanha era a dificuldade destas pessoas. Fazendo uma auto-avaliação comecei  o curso com nota 5 e quanto mais frequentava as aulas, mais aumentava a minha segurança.

Neste curso falaram muito de técnicas de oratória, falar de improviso, como utilizá-las e em que momento colocá-las em prática, porém teve um dia que mudou minha forma de pensar quanto a falar em público.

Durante uma determinada aula tínhamos que montar uma apresentação utilizando o modelo que havíamos aprendido, feito isto pediram para que trabalhássemos em dupla, uma das pessoas seria o ouvinte e o outro seria o orador, então o orador se dirigia para frente desta pessoa e fazia a sua apresentação (sem cola), quando um terminava mudava-se a posição e então a outra pessoa tinha a oportunidade de fazer a sua apresentação enquanto o outro apenas servia de expectador.

Até então tudo bem, era mais um exercicío dentro muitos outros que já havíamos feito, quando todos terminaram o professor deu mais uma atividade, desta vez mudava-se a dupla e você não mais precisaria apresentar em pé, bastava apenas ficar ao lado da pessoa que seria o seu parceiro, desta vez o exercício seria parecido, porém o único objetivo era contar a sua apresentação ao colega ao lado de modo que ele entendesse e vice e versa.

Quando terminamos este exercício o professor chamou a nossa atenção e perguntou: E aí, como se sairam?, foi unânime a resposta, dissemos que o segundo exercício era muito mais fácil de fazer que o primeiro; então ele questionou a diferença entre o primeiro e o segundo exercício, e o comentário geral foi que no primeiro você esta apresentando e no segundo você estava apenas batendo um papo com o colega ao lado.

Então ele disse: É justamente isto que vocês precisam fazer quando estiverem na frente do público, ou seja, converse com o público, seja natural, espontâneo, se fizerem isto terão feito uma apresentação maravilhosa.

Isto caiu na minha cabeça como um raio, pois pensei qual a diferença entre contar uma história sentado e em pé na frente do público? Na verdade nenhuma, o problema é o estado de espírito, quando você está na frente do público você tenta achar as palavras mais bonitas, muda o tom da voz, enfim você não apresenta e sim representa, e tudo isto faz você perder o que você tem de melhor...a sua naturalidade.

É óbvio que se você juntar isto com algumas técnicas de comunicação a sua apresentação fica ainda melhor, mais foi neste dia que comecei a me sentir mais confortável na frente ao público. Se você me perguntar se agora não sinto mais nenhum desconforto, direi que não é verdade, enfim somos seres humanos e dependendo da ocasião é normal ter um friozinho na barriga (medo), mas confesso que estou até gostando disto.

Como disse o escritor norte americano Mark Twain  - foto acima - (1835 - 1910): "Coragem é resistência ao medo, não a ausência de medo".

Apenas para efeito de compração acredito que deixei o curso com nota 9, pois a prática é que faz a excelência.

Enfrente seus medos e seja feliz.

Alexandre Silva

6 comentários:

Marcus Aragão disse...

Oi Alexandre,

Parabéns pelo ótimo artigo! Tudo que você relatou já aconteceu comigo várias vezes, o medo e a incerteza do sucesso são normalmente os principais bloqueios.

Acredito que a prática, os exercícios e as técnicas que você mencionou é que ajudam a superar esse desconforto. Hoje em dia eu já estou craque! :-)

Abraços,
Marcus Aragão

Alexandre Silva disse...

Obrigado pelo comentário. Qual o seu blog?

abs,

Principe Encantado disse...

Amigo gostei muito do post, bem esclarecedor.
Abraços forte

Unknown disse...

Oi Alexandre,

Muito interessante a sua experiência com este tema nada fácil. Realmente a maturidade adquirida, o conhecimento sobre o tema a ser abordado em público e a utilização de algumas técnicas são infalíveis.

Um abraço,

Marco

Gravina disse...

Prezado Alexandre,

Trabalho com representação, no segmento de Moveis de Escritorio, estou iniciando um trabalho na Capital Paulista, seria possivel o Sr. me passar um pouco do seu tao precioso conhecimento, em elaborar um Planejamento Estrategico de Vendas, pois é uma regiao que nao atuamos, teria algum modelo ou algo que eu possa ler sobre o assunto.
Preciso de um auxilio para alavancar minha representada nesse mercado altamente competitivo.

Conto com sua colaboração.

Grato,
Leonardo

Alexandre Silva disse...

Leonardo,
Trabalho a muito tempo no mercado de vendas porem sempre trabalhei com alimentos. Não entendendo nada do seu setor, se quisesse entrar no segmento que você atua aqui em SP iria me informar sobre os principais concorrentes, como eles atuam, quais são os ses diferenciais e montar uma estratégia. Talvez no primeiro momento até ganhar um pouco menos para conseguir penetração de mercado, oferecer melhores serviços, emfim, acredito se você quer entrar em SP um mercado altamente competitivo você terá que ter um diferencial competitivo, como consumidor acredito que o mercado esta carente de serviços, ou seja, sempre espero um bom atendimento, quando superam as minhas expectativas sou capaz até de pagar um pouco a mais por isso.
Existe um livro muito bom de Vendas chamado Vendas 3.0, do escritor e amigo Sandro Magaldi; embora ele não dê foco a nenhum segmento específico, acho que é um livro que poderia esclarecer algumas de suas dúvidas. Se quiser falar diretamente com ele entre no site da HSM e fale com ele através do Blog.
Espero ter ajudado de alguma forma.
Abs,
Alexandre Silva